sábado, 12 de março de 2016

SEGUNDA DICA: CORRAM ATRÁS


Agora que vocês já tem noção do local de cerimônia (Cerimônia pode ser na mesmo espaço da festa, em locais religiosos ou onde os noivos quiserem (*) ) e recepção, já é momento  de colocar em práticas as ideas do casamento para a ornamentação. E nesse mesmo momento CORRER atrás dos profissionais e serviços. Além disso, os noivos, em especial a noiva, já tem que ver o vestido de noiva.

Parece muita coisa né? Mas é essencial tudo isso. No nosso caso fizemos e organizamos tudo a partir de um ano para a data de casamento. Já vi pessoas organizando faltando três, dois anos.... Quanto mais tempo melhor claro, mas no nosso, mesmo tendo pouco tempo, deu tudo certo! Basta correr atrás. 

Então vamos por parte:

1) O local de cerimônia pode ser onde desejarem: Templo, Praia, Fazenda, Terreiro, Igreja e onde mais imaginar. No nosso caso casamos na Igreja Católica de Salvador. Como já falamos antes, íamos casar e festejar no mesmo local, só que soubemos que os padres não podiam mais celebrar casamentos fora de local religioso. Chegamos até pensar em um celebrante, mas ganhamos de presente toda a celebração da mãe do noivo. Para a gente foi maravilhoso, não tinha problema nenhum em celebrar em Igreja e também como estávamos com vários outros custos, foi "um pingo no i". Então noivinhos, se você for como nós (atrevidos e casando com pouca grana hahahha) economizem, mas claro, tudo tem que ser a cara de vocês. Eu (a noiva) particularmente, digo isso porque cheguei a ser questionada em relação a casar na igreja sendo o tema casamento africano. Como eu falei, não temos problema algum em casar na igreja, nós dois somos católicos. Claro que se formos falar na História, principalmente eu que sou professora de História, sei muito bem das mazelas na história ligando a religião católica. Casar na igreja não foi negar nada. Eu já morei em lugares que as pessoas são candomblecistas e vão a igreja católica, e não significa que as pessoas tivessem negando a sua religião. Mas o nosso casamento, foi antes de tudo, pensado além da religião (falei da religião porque a pessoa tinha me questionado), mas tínhamos em mente reverenciar os nossos, casar sendo a gente, sem os mimimi que os casamentos tradicionais são. Casar de turbante foi reverenciar as mulheres da minha família, desde as mulheres que vieram da nossa mãe Africa até a minha avó e mãe que no interior usavam os turbantes para carregar baldes de água, ou iam ao campo plantar e para não queimar a cabeleira usavam os turbantes. Casar dessa forma foi mostrar a nós, aos meus e a todos que podemos ter uma celebração com a nossa cara e para gente sobre nós mesmo. E foi lindo.


2) Assim como a gente, nesse momento também vocês tem que ter a ideia do tema do casamento. O nosso foi o casamento africano e tinha como tem a família. O tema mais utilizado é o amor do casal. Mas pensamento que seria interessante ser "família", por que queríamos mostrar que apesar de estarmos formando mais uma "família", lembramos que todos ali, irmãos, pais e amigos faziam parte dessa grande família. E foi perfeito. Todos se sentiram a vontade e que faziam parte da festa. O que mais ouvúamos era: "nossa, nunca vi um casamento assim, sem frescuras". Teve uma senhorinha de uns 90 anos que me deu um abraço (a noiva) e falou:"Denise, muito obrigada por ter me convidado e eu agradeço a Deus antes de tudo por ter me permitido está aqui e aos 90 anos participar de um casamento assim. Eu nunca vi e estou maravilhada. Eu tenho que te agradecer por isso". Gentheeeee só de ouvir isso, saber que proporcionei isso aos meus convidados, só de ouvir os convidados falar "eu vou casar assim" ou "vou casar de novo e será assim" hahahha foi emocionante. Então noivinhos, o nosso palpite é que inovem no tema e faça com que seja especial para vocês e para todos ao redor. Esse momento tem que ser lembrado e agraciado por vocês e por todos os convidados.

3) Esse talvez tenha que ter mais um pouquinho de atenção do que os outros. Os profissionais e serviços da festa/cerimônia. Noivinhos tem que garimpar viu (*) Pedir orçamentos e referencias. Se puder, podem ir ao procon verificar se tem alguma denúncia da empresa/serviço. Ou também verificar na internet se alguém falou mal ou bom. Enfim, verificar tudo antes de fechar. 
O que mais vocês vão ouvir é o seguinte: tem que fechar logo conosco por causa do tempo. Por favor, antes de fechar, faãm uma pesquisa. Esse momento é o mais lindo e tem que ser tudo perfeito.

(*) Um dica valiosa que dou a vocês e pecamos algumas vezes, é que por favor todos os serviços/empresas peçam referências, isso, referencias, mais de uma. Uma história negativa nossa foi a seguinte: eu vi (a noiva) um anúncio de aluguel de cadeiras, tampões e toalhas e era o mais em conta que vi. Era um fornecedor de Salvador e vi no facebook as pessoas também querendo os produtos dele. Eu, na agonia (ficamos assim a todo instante), entrei em contato e fechamos o produto. De início tudo flores e pahhhhhh. Na véspera do casamento barraco literalmente. As cadeiras feias, cheia de poeira, toalhas amassadas e o dono debochado. Nem imaginem o que rolou. No final como não tinha mais tempo e nada, ficamos com tudo e demos um pequeno jeito. Claro que nenhum convidado percebeu, mas só o desgaste que tivemos foi um "ó". Literalmente: O BARATO CUSTOU CARO. Por favor, por mais que vocês mesmos se deem pressa, peçam referencias para não cair nessa igual a mim. Parece irreal isso né?! Essa vacilo nos dias de hoje, mas as vezes acontece. 

Outra coisa, uma coisa que percebi é que quando falamos: é para casamento. As coisas encarecem. Isso mesmo. Comecamos a omitir esse detalhe e os serviços ficaram no preço normal. Era tipo: "Uma caixa de início o valor era de R$ 70,00, para uma festa qualquer o valor era de R$ 30,00. Inacreditável né? Mas também acontece. Se liguem.

Outra coisa, como foi um casamento impar e diferente, optamos também por profissionais e serviços difereciados. Falamos isso, por que o que não falta são profissionais de casamento, mas para casamentos tradicionais. O nosso teria que ter olhares diferenciados e como nós já estávamos envolvidos com o mercado de afroempreemdedores, foi maravilhoso. Além de mostrar e dar destaque ao colegas afroempreendedores, mostramos outras possibilidades de profissionais e que são tão qualificados quanto aos que se " dizem expert na área". Foi essencial o trabalho de todos os envolvidos  e nós super indicamo . Depois colocaremos a
qui as indicações.


4) Por último, as roupas. A noiva ver logo onde alugar e/ou costureira. No meu caso fui na costureira (lembrem-se das referencias). Casamos em dezembro, e meu vestido começou a ser planejado em março e confeccionado setembro. O noivo (eles sempre se atrasam) tem que pensar na roupa também, mesmo comprando as vésperas. Noivinhas tem que ficar no calcanhar deles viu. Nesse mesmo período pensar nas roupas dos pajéns e daminhas e padrinhos e madrinhas. 

Nosso próximo post será sobre eles: pajéns e daminhas e padrinhos e madrinhas. 
* Foto retirada da internet. 

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